COMO
FAZER O RELATÓRIO DO ALUNO
DEVEMOS
LEMBRAR QUE...
·
Cada aluno é único e diferente. Algumas
atitudes pressupõe que são iguais;
·
O parecer descritivo deve complementar
aquilo que foi registrado na página de habilidades. Portanto, não transcreva na
integra seja coerente em sua avaliação;
·
Precisamos ter um olhar transdisciplinar. É preciso um olhar em todas
as áreas, sobre tudo no aluno objeto dessa observação. Mas não deixe de
registrar especialmente, a Língua Portuguesa e a Matemática;
- Lembrando
que se tratas de um documento de registro que será levado em conta no
histórico escolar do aluno. Portanto, cuidado com os julgamentos.
- Prestar
atenção em todos os alunos e em cada aluno;
·
Cuidado também ao registrar o nível de
escrita do 1º ciclo.
·
Reunir o máximo de informações
possíveis sobre o aluno, tanto no contexto individual quanto nas suas relações
com o meio;
·
Considerar os instrumentos de
avaliação;
·
Priorizar os aspectos cognitivos e
comportamentais;
·
Indicar estratégias para a superação
das dificuldades;
·
Apontar a participação, a interação, a
colaboração;
REGISTRO
DE AVALIAÇÃO DO PROFESSOR
• Registros de avaliação exigem
exercício do professor:
• De prestar atenção nas manifestações
dos alunos (orais e escritas);
• De descrever e refletir teoricamente
sobre tais manifestações;
“Por que é importante registrar? O ato de
conhecer é permanente? Então está implícito o conhecimento como ato social e
que esse educador fez história. Não existe sujeito do conhecimento sem
apropriação de história. É o registro que histórica o processo para a conquista
do produto histórico. Possibilita também a apropriação e socialização da
memória, como história desse processo.” (Freire, M. 1989,p.5) DESAFIOS DO
PROFESSOR
“A escrita – representação da fala,
re-apresenta o que nossa consciência pedagógica se deflagra”. (Freire,
M. 1989, p.5).
O
QUE FAZER?
·
Descrever o desenvolvimento próprio de
cada criança destacando seus avanços e conquistas;
·
Expor as necessidades e intervenções a serem
feitas durante o processo de ensino-aprendizagem.
O
QUE PRECISAMOS SABER?
·
Que habilidades e conhecimentos foram
trabalhados com o aluno?
·
Quais os avanços que o mesmo vem
demonstrando nestas áreas?
·
Apresenta alguma área a ser melhor
desenvolvida?
·
Que sugestões você oferece neste
sentido?
·
Atividade? Jogos? Leituras? Que
trabalhos você vem realizando junto aos alunos?
·
Como o aluno se refere ao seu
desenvolvimento neste período?
REDIGINDO
O PARECER...
·
Levar em conta os destinatários;
·
Utilizar linguagem cuidada, clara,
simples, precisa e adequada ao público;
·
Considerar o caráter oficial do
documento;
·
Observar ortografia, concordância e
formatação;
·
Evitar palavras diminutivas;
·
Utilizar verbos e expressões que indiquem
processo; Utilizar linguagem cuidada, clara, simples, precisa e adequada ao
público;
·
Considerar o caráter oficial do
documento;
·
Observar ortografia, concordância e
formatação;
·
Evitar palavras diminutivas;
·
Utilizar verbos e expressões que
indiquem processo;
·
Evitar contradições
·
Evitar comparações;
·
Evitar contradições
·
Evitar comparações;
·
Ser coerente;
COMO
INICIAR UM PARECER
·
“Percebe-se o progresso de... durante
este trimestre em...”
·
“Com base nos objetivos trabalhados no
trimestre, foi possível observar que o aluno...”
·
“Observando o desempenho da aluna...,
foi constatado que neste trimestre...”
·
“Com base nas avaliações realizadas,
foi possível constatar que a aluna... identifica...”
ESCREVENDO
SOBRE O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
·
“Demonstra um ótimo/bom aproveitamento
na aquisição da leitura e escrita.”
·
“Lê com fluência diferentes textos,
fazendo conexões com a realidade.”
·
“Lê e interpreta os textos trabalhados
em aula sem maiores dificuldades.”
·
“Escreve, ordena e amplia frases,
formando textos coerentes e lógicos.”
ESCREVENDO
SOBRE A PARTICIPAÇÃO/CONVÍVIO SOCIAL
·
"Demonstra
respeito pelos colegas e professores";
·
"Colabora
nas atividades coletivas, atuando em grupo";
·
"Aceita
sugestões da professora e dos colegas";
·
"Contribui
para a integração e o crescimento do grupo".
Reflexão
“O parecer é, sobretudo a imagem de um
trabalho. Ao relatarmos um processo efetivamente vivido, naturalmente
encontraremos as representações que lhe deem verdadeiro sentido”.
(Jussara Hoffmann, 1998.)
COMO TRABALHAR OS NIVEIS DOS ALUNOS
Aqui vai algumas dicas... pesquisei em alguns
blog.s, estou aplicando, e estou gostando:
OS NÍVEIS DA ALFABETIZAÇÃO
PRIMEIRO NÍVEL → PRÉ-SILÁBICO I
NESSE NÍVEL O ALUNO PENSA QUE SE ESCREVE COM DESENHOS. AS LETRAS NÃO
QUEREM DIZER NADA PARA ELE. A PROFESSORA PEDE QUE ELE ESCREVA "BOLA",
POR EXEMPLO, E ELE DESENHA UMA BOLA.
SEGUNDO NÍVEL → PRÉ-SILÁBICO II
O ALUNO JÁ SABE QUE NÃO SE ESCREVE COM DESENHOS. ELE JÁ USA LETRAS OU,
SE NÃO CONHECE NENHUMA, USA ALGUM TIPO DE SINAL OU RABISCO QUE LEMBRE LETRAS.
NESSE NÍVEL O ALUNO AINDA NEM DESCONFIA QUE AS LETRAS POSSAM TER
QUALQUER RELAÇÃO COM OS SONS DA FALA. ELE SÓ SABE QUE SE ESCREVE COM SÍMBOLOS,
MAS NÃO RELACIONA ESSES SÍMBOLOS COM A LÍNGUA ORAL. ACHA QUE COISAS GRANDES
DEVEM TER NOMES COM MUITAS LETRAS E COISAS PEQUENAS DEVEM TER NOMES COM POUCAS
LETRAS. ACREDITA QUE PARA QUE UMA ESCRITA POSSA SER LIDA DEVE TER PELO MENOS
TRÊS SÍMBOLOS. CASO CONTRÁRIO, PARA ELE, “NÃO É PALAVRA, É PURA LETRA”.
TERCEIRO NÍVEL → SILÁBICO
O ALUNO DESCOBRIU QUE AS LETRAS REPRESENTAM OS SONS DA FALA, MAS PENSA
QUE CADA LETRA É UMA SÍLABA ORAL. SE ALGUÉM LHE PERGUNTA QUANTAS LETRAS É
PRECISO PARA ESCREVER “CABEÇA”, POR EXEMPLO, ELE REPETE A PALAVRA PARA SI
MESMO, DEVAGAR, CONTANDO AS SÍLABAS ORAIS E RESPONDE: TRÊS, UMA PARA “CA”, UMA
PARA “BE” E UMA PARA “ÇA”
QUARTO NÍVEL → ALFABÉTICO
O ALUNO COMPREENDEU COMO SE ESCREVE USANDO AS LETRAS DO ALFABETO.
DESCOBRIU QUE CADA LETRA REPRESENTA UM SOM DA FALA E QUE É PRECISO JUNTÁ-LAS DE
UM JEITO QUE FORMEM SÍLABAS DE PALAVRAS DE NOSSA LÍNGUA.
Eu penso que o professor deve
ter o relatório de níveis sempre visível, para consulta, servirá para
a elaboração do relatório do aluno.
HIPÓTESE DA ESCRITA
Mesmo antes de saber ler e escrever
convencionalmente, a criança tem suas próprias idéias de como ler e escrever.
Ao compreendermos que a criança chega
à escola trazendo muitos "saberes" sobre leitura e escrita,
construídos a partir das suas vivências, estamos possibilitando que ela faça
leituras e escritas segundo suas possibilidades e de acordo com os conhecimentos
que foram construídos até aquele momento.
As pesquisas realizadas por Emília
Ferreiro mostram-nos que a criança aprende a ler e a escrever porque é
desafiada a confrontar suas hipóteses sobre leitura e escrita com outras possibilidades
(convencionais) que serão oferecidas pelo professor.
As pesquisas de Emília Ferreiro e Ana
Teberosky apontam para as hipóteses que a criança constrói neste processo. Estas
hipóteses estão descritas em seu livro ''A Psicogênese da Língua Escrita":
.
HIPÓTESE PRÉ-SIlÁBICA:
CARACTERÍSTICAS:
- Escrever e desenhar têm o mesmo significado;
- Não relaciona a escrita com a fala;
- Não diferencia letras de números;
- Reproduz traços típicos da escrita
de forma desordenada;
- Supõe que a palavra representa o
objeto e não o seu nome;
- Acredita que coisas grandes têm um
nome grande e coisas pequenas
Têm um nome pequeno
(realismo nominal);
- Usa as letras do nome para escrever tudo;
- Usa as letras do nome para escrever tudo;
- Não aceita que seja possível
escrever e ler com menos de três letras;
- Leitura global: lê a palavra como
um todo.
CONFLITOS VIVIDOS PELA CRIANÇA NESTA ETAPA:
- Que sinais-eu uso para escrever palavras?
- Conhecer o significado dos sinais escritos.
AVANÇOS:
- Diferenciar o desenho da escrita;
- Perceber as letras e seus sons;
- Identificar e escrever o próprio nome;
- Identificar o nome dos colegas;
- Perceber que usamos letras diferentes em diferentes posições.
ATIVIDADES FAVORÁVEIS:
- Desenhar e escrever o que desenhou;
- Usar o nome em situações significativas: marcar atividades, objetos,
utilizá-Io em jogos, bilhetes, etc;
- Ouvir leitura feita diária pela professora e poder recontá-Ia;
- Ter contato com diferentes portadores de textos;
- Freqüentar a biblioteca, banca de jornais, elc;
- Reconhecer e ler o próprio nome em situações significativas: chamadas,
jogos, etc;
- Conversar sobre a função da escrita;
- Utilizar letras móveis para pesquisar nomes, reproduzir o próprio nome
ou dos amigos;
- Bingo de letras;
- Bingo de letras;
- Produção oral de histórias;
- Escrita espontânea;
- Textos coletivos tendo o professor como escriba;
- Aumentar o repertório de letras;
- Leitura dos nomes das crianças da classe, quando isto for
significativo.
- Comparar e relacionar palavras;
- Produzir textos de forma não convencional;
- Identificar personagens conhecidos a partir de seus nomes, ou escrever
seus nomes de acordo com sua possibilidade;
- Recitar textos memorizados: parlendas, poemas, músicas, etc;
- Atividades em que seja preciso reconhecer a letra inicial e a letra
final;
- Atividades que apontem para a variação da quantidade de letras;
- Completar palavras usando a letra inicial e final;
- Escrita de listas em que isto tenha significado: listar o que usamos
na hora do lanche, o que tem numa festa de aniversário, etc.
HIPÓTESE SILÁBICA:CARACfERÍSTICAS:
- Para cada fonema, usa uma letra para representá-lo,
- Pode, ou não, atribuir valor sonoro à letra.
- Pode usar muitas letras para escrever e ao fazer a leitura, apontar
uma letra para cada fonema.
- Ao escrever frases, pode usar uma letra para cada palavra.
CONFLITOS VIVIDOS PELA CRIANÇA NESTA ETAPA:
- A escrita está vincula à pronúncia das partes da palavra?
- Como ajustar a escrita à fala?
- Qual a quantidade mínima de letras necessárias para se escrever?
AVANÇOS:
- Atribuir valor sonoro às letras.
- Aceitar que não é preciso muitas letras para se escrever, apenas o
necessário para representar a fala.
- Perceber que palavras diferentes são escritas com letras em ordens
diferentes.
ATIVIDADES FAVORÁVEIS:
- Todas as atividades do nível anterior.
- Comparar e relacionar escritas de palavras diversas.
- Escrever pequenos textos memorizados (parlendas, poemas, músicas,
trava-línguas...).
-Completar palavras com letras para evidenciar seu som: camelo =
C M L ou
A E
O.
- Relacionar personagens a partir do nome escrito.
- Relacionar figura às palavras, através do reconhecimento da letra
inicial.
-Ter contato com a escrita convencional em atividades significativas:
Reconhecer letras em um pequeno texto
conhecido. - Leitura de textos conhecidos.
- Relacionar textos memorizados com sua grafia.
-Cruzadinhas.
- Caça-palavras.
- Completar lacunas em textos e palavras.
- Construir um dicionário
ilustrado, desde que o tema seja significativo.
- Evidenciar rimas entre as palavras;
- Usar o alfabeto móvel para escritas significativas;
-Jogos variados para associar o desenho e seu nome;
- Colocar letras em ordem alfabética;
- Contar a quantidade de palavras de uma frase.
SILÁBICO-ALFABETICO: CARACTERÍSTICAS
- Compreende que a escrita representa os sons da fala;
- Percebe a necessidade de mais de uma letra para a maioria das sílabas;
- Reconhece o som das letras;
- Pode dar ênfase a escrita do som só das vogais ou só das consoantes:
BOLA= AO ou BL;
- Atribui o valor do fonema em algumas letras: cabelo = kblo.
CONFLITOS VIVIDOS PELA CRIANÇA NESTA ETAPA:
- Como fazer a escrita dela ser lida por outras pessoas?
- Como separar as palavras na escrita se isto não acontece na fala?
- Como adequar a escrita à quantidade mínima de caracteres?
AVANÇOS:
- Usar mais de uma letra para representar o fonema quando necessário;
- Atribuir o valor sonoro das letras.
ATIVIDADES FAVORÁVEIS:
- As mesmas do nível anterior;
- Separar as palavras de um texto memorizado;
- Generalizar os conhecimentos para escrever palavras que não conhece:
associar o "GA' do nome da
"GABRlELA' para escrever "GAROTA', "GA VETA' ... ; - Ditado de
palavras conhecidas;
- Produzir pequenos textos;
- Reescrever histórias.
ALFABÉTICO: CARACTERÍSTICAS
- Compreende a função social da escrita: comunicação;
- Conhece o valor sonoro de todas ou quase todas as letras;
- Apresenta estabilidade na escrita das palavras;
- Compreende que cada letra corresponde aos menores valores sonoros da
sílaba;
- Procura adequar a escrita à fala;
- Faz leitura com ou sem imagem;
- Inicia preocupação com as questões ortográficas;
- Separa as palavras quando escreve frases;
- Produz textos de forma convencional.
CONFLITOS VIVIDOS PELA CRIANÇA NESTA ETAPA:
- Por que escrevemos de uma forma e falamos de outra?
- Como distingüir letras, sílabas e frases?
- Como aprender as convenções da língua escrita?
AVANÇOS:
- Preocupação com as questões ortográficas e textuais (parágrafo e
pontuação).
-Usar a letra cursiva.
ATMDADES FAVORÁVEIS:
- Todas as anteriores;
- Leituras diversas;
- Escrita de listas de palavras que apresentem as mesmas regularidades
ortográficas em momentos em que isto seja significativo;
- Atividades a partir de um texto:
leitura, localização de palavras ou frases;
ordenar o texto;
ordenar o texto;
-jogos diversos como bingo de letras e palavras; forca ...
Referencia:
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